> “Dream House”, 1999
> Galeria Serpente, Porto, Portugal.
> Cama, banheira e rodapé em ferro, painel em madeira,
10 chinelos em chumbo, 14 lampadas fluorescentes, tubos de
borracha, carboneto de silício (75kg), àgua, projecção video.
Dimensões variaveis


“Entre o ser e o não ser, há um espaço vago para um objecto que se pretende trazer a uma experiência, como sendo pertença da identidade de um indivíduo. Pertença esta, que se formula entre o ser e o não ser, entre vida e morte.Esta experiência apresenta-se como que de uma imagem desfocada se tratasse, alinhada num lugar recôndito cerebral, onde a identidade se questiona à nascença. Trata-se de uma verdadeira dream machine que expele os seus estímulos. E é perante esta identidade dissimulada, que o corpo (enquanto ser) se anuncia pela sua ausencia, num estado granulado, incinerado, em pó. Um estado desmaterializado e ao qual, apenas se pode manter como relação de intimidade os objectos que rodeiam esse corpo.
É esta relação intima que abordo. Uma reformulação do sentido territorial dos objectos “depositados”.

Todos nós procuramos manter a marcação do nosso território.”

[Retirado do catálogo da exposição]

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